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Mais do que a mestria técnica, que só
se obtém ao fim de centenas de quadros e muitos anos de oficina, aquilo que
importa reter na obra desta pintora é a sua capacidade artística.
Não é artista quem quer; é certo que
há indícios cognitivos em cada um de nós, mas só um número reduzido de pessoas
é que possui o privilégio de ser considerado como tal, sendo-lhes então natural
e por direito próprio, inscrever os seus trabalhos nas verdadeiras matrizes
artísticas.
Essa capacidade distancia-se da
vontade, embora com ela possa coexistir. Mas só a vontade não nos faz artistas,
faz-nos artesãos, o que, sem desprimor dos que o são, não se encaixa na
definição de autor de obras de arte, pois carecem da sua mais importante
característica: a alma do seu criador.
E é a alma criadora da Ana Fontão que
já podemos encontrar nesta exposição, semente que vai germinar sem contratempos
nos próximos campos de algodão ou de linho, generosa e eficazmente adubados
pela sua recente entrada na técnica visionista, terreno fértil para boas
colheitas: estou seguro que esta pintora não vai deixar de nos surpreender com
a qualidade da sua obra!
Luís Vieira-Baptista,
Oeiras, Outubro de 2015
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A Ana Fontão deixa-se denunciar pelo
seu próprio nome, que resulta de uma perfeita simbiose com uma expressiva
"Fonte de Inspiração", imprimindo em cada quadro um cunho que torna a
assinatura dispensável.
Ao contrário de outros artistas,
encontrou na sua primeira experiência uma forma de exprimir a arte,
brindando-nos com uma obra coesa, plena de LUZ e cor, beleza e esplendor.
A mistura de cores e texturas patentes
em cada obra faz-me (dentro da minha linha conservadora) repensar o próprio
conceito de arte, espelhando em cada quadro (além da sua personalidade), uma
sinfonia de cores em perfeita harmonia na sua composição, contraste, brilho e
equilíbrio, como que uma tabela periódica em que todos os elementos se conjugam
e completam na sua estrutura atómica.
Esta tabela pictórica que nos é
apresentada, não tem uma base científica que é fruto de exaustivas experiências
em laboratório, mas tem uma base emocional que é resultado de uma exaustiva
vida bem vivida em sintonia e alegria com a própria vida.
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Ana
Fontão é uma pintora de sentimentos, com pinceladas de pintura espontânea que
expressam o seu universo inconsciente em imagens simbólicas, quer na figuração
quer na pintura abstracta. Preocupa-se mais com os valores internos do que com
os valores estéticos, dando ênfase às suas emoções. Olhando a sua pintura é
como entrássemos nas suas cores dançantes, cheias de poesia, a querer revelar
uma alma poética.
Tem
ainda um caminho a percorrer, num encontro da mente inconsciente e da mente
consciente para juntas co-criar e libertar a sua expressão de energia vital,
encontrar a sua essência feminina e a maturidade artística, já notórias no seu
trabalho.
Lena Gal – Artista
Plástica e Educadora Expressiva
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A
sua obra reflecte bem a cor que nos liga a fortes emoções, aos diferentes
materiais que se interligaram, fosse com pincéis ou com as mãos, como se a
autora tivesse explodido para depois se estampar em cada tela. Revela-nos a sua
intimidade em cada pincelada, contando-nos o que lhe vai na alma.
Estes
são os verdadeiros “elementos” que pairam dentro de Ana Fontão como uma “tabela
pictórica” construída por ela própria.
Alda Cabrita -
escritora
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| Pintora de Aguarela Isabel Fernandes, Métis Eventos, Maria Eugénia Medeiros Tecnica mista e impressão em lambda |
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| Pintora M. Eugénia de Medeiros com "As meninas que habitam em mim " no Museu Militar |
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| Impressão em lambda de Maria Eugénia de Medeiro no Museu Militar de Lisboa |
